Era um terrível guerreiro que brigava sem cessar
contra os reinos vizinhos. Dessas expedições êle trazia sempre um rico espólio
e numerosos escravos. Nascido na cidade de IFÉ e nela cultuado,pois veio na
corte de ÒRÚNMÌLÀ em sua chegada a terra. É considerado filho de YEMONJA e
outras vezes de ODÙDUWÀ e, em ambos, seu pai é ÒRISÀNLÁ.
ÒGÚN caça e inventa armas. Deve-se ter sempre a
seus pés uma cabaça virada, pois se êle chegar e não encontra-la, fica nervoso.
O fogo e o sangue simbolizam a raiva e o desejo de guerrear. Êle teve várias
esposas: ÒSUN, OBÁ e OYA, mas a mais importante foi ELESY ÒSUN
ORIY, aquela que pintava sua cabeça com pós brancos e vermelhos. Por onde
passava conquistava aldeias, cidades, era aclamado e recebia vários nomes: ÒGÚN
BENIN, ÒGÚN DAYO, ÒGÚN FENÁN, ÒGÚN KAUANÁ; não são qualidades e sim títulos.
Seu principal alimento é o IXÙ ( inhame ) . ÒGÚN é assentado, geralmente, do lado de fora.
Gosta de ficar rodeado de árvores, como YIOBÉ, peregun, sua árvore de maior
fundamento, e YIZIEEOU, pé de jaca. Mulher não deve chegar perto.
Sua saudação: ÒGÚN YÈ, PÀTÀKÌ ORÍ ÒRÌSÀ,
quer dizer: Salve OGUN, Oricha importante para a cabeça.
QUALIDADES
ÒGÚN
JÁ
É o Òrìsá da casa de ÒÒSÀÀLÀ, o
grande guerreiro branco. Como todo ÒGÚN, come inhame, tem temperamento
rabujento e solitário. Em seus assentamentos levaÓSN e WÁJI. Não se
pronuncia seu nome em vão e nem a noite. Veste branco e, também, o verde. Suas
contas são verde-claro. Cobre-se de mariwo.
ARYES
ou WARYN
É perigoso e feiticeiro, ligado aos antepassados.
Tem pemperamento muito difícil e autoritário. Veste verde-claro, come com YEMONJA
e ÒÒSÀÀLÀ. Gosta de comer cabritos pequenos, aprecia a carne de marreco
e não come frango em suas obrigações.
AJAKÁ
Irmão mais velho de SÀNGÓ, conquistou a
cidade de OYÓ e deu para seu irmão governar. Guerreiro sanguinário. Veste
vermelho e verde escuro, suas contas são iguais a vestimenta. Teria sido o
primeiro rei de OYÓ. É agressivio, gosta de dar ordem e ser obedecido.
IKOLÁ
É um ÒGÚN solitário que tem ligação com XOROQUE e
ÒÒSÀÀLÀ. Come ÌGBÍN e veste-se de verde escuro ou vermelho. Adora galos
vermelhos e bode de chifres grandes.
ELEMONÁ
Mora nas matas e caça muito bem. É muito sério,
áspero, não se apegando a ninguém, a não ser a sua própria família. Tem fundamento
com OBALÙWÀIYÉ e ÈSÙ.
ALABEDÈ
É um grande ferreiro e ferramenteiro. Este ÒGÚN é
o marido de YEMONJA OGUNTÉ e o pai de AKEKO. É o mais velho,
trabalhador, exigente e rabugento. Veste-se de azul arroxeado e o vermelho.
Contas iguais a roupa. Come com ÈSÙ e YEMONJA.
OLODÉ
É caçador e não come animais caseiros. Amigo e
conhecedor dos caminhos como ÒSÓÒSÌ. Semelhante a ÒSÓÒSÌ. Come,
em seus assentamentos, caça. Leva um ADEMATÁ e só come nos caminhos da mata.
MEGE
ou MEGE-MEGE
Seria o mais velho, a raiz de todos. É um ÒGÚN
completo. Come nos cemitérios. Soleteirão, ranzinza e muito sanguinário. Suas
cores são o verde claro e o vermelho claro.
MENÉ
É um jovem guerreiro. Veste-se de verde claro e
usa contas verdes. Come com ÒÒSÀÀLÀ e tem grande fundamento com YEMONJA.
AKORÓ
É irmão mais velho de ÒSÓÒSÌ e ligado a
floresta. É invocado no PADE. É filho de YEMONJA OGUNTÉ, jovem,
dinâmico, entusiasta, empreendedor, protetor seguro, amigo fiél e ligado ao
mau.
ONIRÉ
Primeiro filho de ODÙDUWÀ. Usa contas verdes.
Guerreiro impulsivo, cortador de cabeças, ligado a morte e aos antepassados.
Muito impaciente, não pensa antes de agir, mas acalma-se rápido.
AJÒ
Fica fora do barracão e toma conta da porteira. É
o primeiro a ser saudado. Companheiro de ÈSÙ, ronda as encruzilhadas,
comendo com ÈSÙ nas estradas. Veste-se e tem contas azul arroxeado.
ONIJÉ
É o Òrìsá que tritura, corta e provoca
ferimentos. Não é aconselhável raspar este Òrìsá em seus filhos. Veste o
verde escuro e o vermelho. Tem ligações com OYA YGBALÉ.
SÓRÒKÈ
É um Òrìsá
das terras GEGE, um tipo muito perigoso. Dizem que foi amaldiçoado por seu pai
e sua mãe. Conta a lenda
que um vulcão entrou em erupção e SOROKÈ pulou de dentro dêle, em forma
de fogo. É o senhor da
noite, vive nos cantos das encruzilhadas, castigando os que por ali passam e
profanam as oferendas ali colocadas. É o Òrìsá da vingança, pois seu
temperamento é muito forte. Tem que ser
feito no domínio do pai, VILA MAVUMBE, e ambos no domínio da mãe, APANDÁ.
Faz-se o ÈSÙ, escravisado por ÒGÚN, tendo que assentar ÒSUN. Não pode
ser feito dentro do barracão. Tudo é duplo, até o QUELÊ. São dois
assentamentos, um de ÈSÙ, sem massa e outro de ÒGÚN, com massa, sôbre o
ÈSÙ. Dança-se para ÈSÙ, ÒGÚN e ÒSUN.
ORÍKÌ
ÒGÚN pèlé o. ÒGÚN, alákáyé, osìn ímolè. ÒGÚN
alada méji. O fi òkan ye oko. O fi òkan ye ona. Ojó ÒGÚN ntókè bò. Aso
iná ló mu bora, ewu ejè lówò. ÒGÚN edun olú irin. Awònye òrìsà tií bura
re sán wònyìnwònyìn. ÒGÚN ONIRE alagbara. A mu wodò, ÒGÚN si la omi logboogba.
ÒGÚN lo ni aja oun ni a pa aja fun. Onílí ikú, olódèdè màríwò. ÒGÚN olónà ola.
ÒGÚN a gbeni ju oko riro lo, ÒGÚN gbeni o. Bi o se gbe Akinoro.
TRADUÇÃO:Ogun eu te saúdo. Ogun senhor do universo, lorde dos orixás. Ogun dono de dois facões. Usou um deles para preparar a horta e o outro para abrir caminho. No dia
SUAS ERVAS
- Eucalípto, umbaúba, comboatá, chapéu de couro, capim limão, cordão de
frade, folhas de manga espada, pé de pinto, vence demanda, abre caminho,
peregum, dandá da costa.
ÒSÓÒSÍ
Filho
de YEMONJA e ÒÒSÀÀLÀ é o deus da caça e vive nas
florestas, onde moram os epíritos dos antepassados. Tem a virtude de dominar os
espíritos da floresta.
Na
África era a principal divindade de ILOBU, onde era conhecido pelo nome de
YRINLÉ ou INLÉ, um valente caçador de elefantes. Conduziu seu povo de ILOBU a
guerra e os ensinou a arte de guerrear, permanecendo até hoje nesta cidade.
Ocupa
um lugar de destaque nos Candomblés em Salvador, isto porque é o patrono de
todos os terreiros tradicionais.
ÒSÓÒSÌ é o único Òrìsá que entra na mata da morte, joga sôbre
si um pó sagrado, avermelhado, chamado AROLÉ, que passou a ser um de seus
dotes. Este pó o torna imine a morte e aos ÉGÚNS.
Sendo
êle um rei, carrega o EYRUQUERE ( espanta moscas ) que só era usado pelos reis
africanos, pendurado no saiote.
Come
com ÈSÙ e mora do lado esquerdo, onde está situado toda a sua força. Êle
é um EBORÁ da esquerda. Cura-se e raspa-se pelo lado esquerdo. OLODÉ é o ÈSÙ
de ÒSÓÒSÌ e como pelo lado esquerdo.
Sua saudação: ODE,
ÒKÈ ÀRÓ, quer dizer: Salve o caçador.
QUALIDADES
YBUALAMO
É velho e caçador. Come nas águas
mais profundas. Conta um mito que YBUALAMO é o verdadeiro pai de LOGUNEDE.
Apaixonado por ÒSUN e vendo-a no fundo do rio, êle atirou-se nas águas
mais profundas em busca do seu amor.
Sua vestimenta é azul celeste,
como suas contas. Come com OMOLU AZOANI. Usa um capacete feito de
palha da costa e um saiote de palha.
INLE
É o filho querido de OSOGUIAN
e YEMONJA. Veste-se de branco em homenagem a seu pai. Usa chapéu
com plumas brancas e azul claro. É tão amado que OSOGUIAN usa em suas
contas uma azul claro de seu filho. Come com seu pai e sua mãe ( todos os
bichos ) e tem fundamento com ÒGÚN JÁ.
DANA DANA
Tem fundamento com ÈSÙ, ÒSÓNYÍN,
OSÙMÀRÈ e OYA. É êle o Òrìsá que entra na mata da morte e
sai sem temer ÉGÚN e a própria morte. Veste azul claro.
AKUERERAN
Tem fundamento com OSÙMÀRÈ
e ÒSÓNYÍN. Muitas de suas comidas são oferecidas cruas. Êle é o
dono da fartura. Êle mora nas profundezas das matas. Veste-se de azul claro e
tiras vermelhas. Suas contas são azul claro. Seus bichos são: pavão, papagaio e
arara, tira-se as penas e solta-se o bicho.
OTYN
Guerreiro e muito parecido com
seu irmão ÒGÚN, vive na companhia dêle, caçando e lutando. É muito manhoso e
não tem caráter fácil. Muito valente, esta sempre pronto a sacar sua arma
quando provocado. Não leva desaforos e castiga seus filhos quando desobedecido.
Usa azul claro e o vermelho, contas azul, leva capangas, roupas de couro de
leopardo e bode. Tem que se dar comida a ÒGÚN.
MUTALAMBO
Tem fundamento com ÈSÙ.
GONGOBILA
É um ÒSÓÒSÌ jovem. Tem fundamento com ÒÒSÀÀLÀ
e ÒSUN.
KOIFÉ
Não se faz no Brasil e na África,
pois muitos de seus fundamentos estão extintos. Seus eleitos ficam um ano
recolhidos, tomando todos os dias o banho das folhas. Veste vermelho, leva na
mão uma espada e uma lança. Come com ÒSÓNYÍN e vive muito
escondido dentro das matas, sòzinho. Suas contas são azuis clara, usa capangas
e braceletes. Usa um capacete que lhe cobre todo o rosto. Assenta-se KOIFÉ e
faz-se YBO, YNLÉ ou ÒSUN KARÉ; trinta dias após, faz-se toda a matança.
AROLÉ
Propicia a caça abundante. É
invocado no PADE. É um dos mais belos tipos de ÒSÓÒSÌ. Um verdadeiro rei
de KÉTU. As pessoas dêle são muito antipáticas. Jovem e romantico, gosta de
namorar, vive mirando-se nas águas, apreciando sua beleza. Come com ÒGÚN e ÒSUN.
Veste azul claro, aprecia a carne de veado e é agil na arte de caçar.
ODE KARE
É ligado as águas e a ÒSUN,
porém os dois não se dão bem, pois exercem as mesmas forças e funções. Come com
ÒSUN e ÒÒSÀÀLÀ. Usa azul e um BANTÉ dourado. Gosta de pentear-se,
de perfume e de acarajé. Bom caçador, mora sempre perto das fontes.
ODÉ WAWA
Vem da orígem dos Òrìsas
caçadores. Veste-se de azul e branco, usa arco e flecha e os chifres do touro
selvagem. Come com ÒÒSÀÀLÀ e SÀNGÓ, pois dizem que êle fez sua
morada debaixo da gameleira. Está extinto, assenta-se êle e faz-se AIRÁ ou ÒSUN
KARÉ.
ODÉ WALÈ
É velho e usa contas azul escuro.
É considerado como rei na África, pois seu culto é ligado, diretamente, a
pantera. É muito severo, austério, solteirão e não gosta das mulheres, pois as
acha chatas, falam demais, são vaidosas e fracas. Come com ÈSÙ e ÒGÚN.
ODÉ OSEEWE OU YBO
É o senhor da floresta, ligado as folhas e a ÒSÓNYÍN,
com quem vive nas matas. Veste azul claro e usa capacete quase tampando o seu
rosto.
ORIKI
ÒSÓÒSI. Awo `ode ìjà pìtìpà. Omo ìyá ÒGÚN ONÍRÉ. ÒSÓÒSI
gbà mí o. Òrìsà a dinà má yà. Ode tí nje orí eran. eléwà òsòòsò. Òrìsa
tí ngbélé imò, gbe ilé ewé. A bi àwò lóló. ÒSÓÒSÌ kì nwo igbó, kí igbo
má mì tìtì. Ofà ni mógàfí ìbon, oo ta ofà sí iná, iná kú pirá. O tá ofà sí oòrùn,
oòrùn rè wèsè. Ogbàgbà tí ngba omo rè. Oní màríwò pákó. Ode bàbá ò. Odè ojú
ÒGÚN, O fi kan soso pa igba ènìyàn. Ode nú igbó, o fi ofà kan soso pa igba
eranko. A wo eran pa si ojúbo ÒGÚN lákayé, má wo mi pa o. Má sì fi ofà owo re
dá mi lóró. Odè ò, Odè ò, Odè ò, ÒSÓÒSI ni nbá Odè inú igbo fà, wípé kí
ó de igbó re. ÒSÓÒSÌ oloró tí nba ségun, o bá ajé jà, o ségun. ÒSÓÒSI
o. Má bà mi jà o. ÒGÚN ni o bá mi se o. Bí o bá nbò láti oko. Kí o ká ilá fún
mi wá. Kí o re ìréré ìdí rè. Má gbàgbé mi o, Odè ò, bàbà omo kí ngbàgbé omo.
TRADUÇÃO:
Oxosi! Ó orixá da luta, irmão de
Ogún Onire. Oxosi, me proteja! Orixá que tendo bloqueado o caminho, não o
desimpede. Casador que come a cabeça dos animais. Orixá que come ewa osooso.
Orixá que vive taanto em casa de barro como casa de folhas. Que possui a pele
fresca.. Oxosi não entra na mata sem que ela se agite. Ofá é a arma poderosa
que o pai usa em lugar da espingarda. Ele atirou a sua flecha contra o fogo, o
fogo se apagou de imediato. Atirou sua flecha contra o sol, e o sol se pôs. Ó
salvador, que salva seus filhos! Ó senhor do màriwó páko! Meu pai caçador
chegou na guerra, matou duzentas pessoas com uma única flecha. Chegou dentro da
mata, usou uma única flecha para matar duzentos animais selvagens. Arrasta um
animal vivo até que ele morra e o entrega no ojubo de ÒGÚN. Não me arraste até
a morte. Não atire sofrimentos em minha vida com seu Ofá. Ó ODÉ! ó ODÉ!, ó ODÉ!
Dentro da mata é OXOSI que luta ao lado do caçador para que ele possa cacar
direito. OXOSI, o poderoso, que vence a guerra para o rei. Lutou com a
feiticeira e venceu. Ó OXOSI, não brigue comigo. Vence as guerras para mim,
quando voltar da mata, colhe quiabos para mim , e se colhe-los, tire seus
talos. Não se esqueça de mim. Ó ODÉ, um pai não de esquece do filho.
SUAS ERVAS
João borandi, São Gonçalinho,
espinho cheiroso, alecrim do campo, maminha de vaca, abre caminho, alfavaca,
saião, ingá, acácia jurema, alecrim caboclo, arruda miuda, bredo de Santo
Antonio, caiçara, erva curraleira, aperta ruão, groselha ( folhas ) , pitanga,
rabo de tatu, patchulim ( folhas ) e língua de vaca.
LENDA
Conta-se que um grande caçador
entrou na mata com seu filho, LOGUNEDE, ensinando-lhe a arte de caçar e
manejar o arco e a flecha, Após inúmeras caçadas, LOGUN sentou-se embaixo de
uma árvore para descançar. Nessa árvore pousou um pássaro e ÒSÓÒSÌ
preparou sua arma e atirou. Acertou em cheio o pássaro e, também, uma colméia
de abelhas. Elas foram cair justamente sôbre a cabeça de LOGUNEDE, que
sem ter como se defender foi picado. ÒSÓÒSÌ vendo o desespero do filho,
correu a acudi-lo, sendo mordido várias vezes. Conseguindo fugir, deitou seu
filho em folhas frescas e, sem saber o que fazer, pôs-se a chorar. Eis que o
Òrìsá OMOLÚ vendo aquilo, parou e apiedou-se do estado de
LOGUNEDE, pois a criança estava morrendo. OMOLÚ tirou de
sua capanga água de cana e gengibre, pilou e aplicou sôbre os ferimentos,
aliviando as dores. Após isto, fez o mesmo com ÒSÓÒSÌ, curando-o
completamente.
ÒSÓÒSÌ então disse-lhe: Senhor dos aflitos, ponho o meu reino a
seus pés e toda a minha caça que daqui por diante eu conseguir, comeremos
juntos. OMOLÚ agradeceu e seguiu seu caminho. Então ÒSÓÒSÌ
jurou que nunca mais comeria o mel, pois o mel o faria lembrar todo o
sofrimento seu e de seu filho. Por isso ÒSÓÒSÌ não leva mel e LOGUNEDE
é lavado com açucar mascavo e gengibre. Toda pessoa de LOGUN tem que assentar
AZOANI. Tem que ter um pedaço de colméia para quando LOGUN chegar, depois
enrola-se num murim e joga-se no rio. Também é proibido aos filhos de LOGUN
comerem palmito, figado de boi e caças.
ÒSÓNYÌN
É um Òrìsà
encantado, não viveu na forma humana. É filho direto de OLODUMARÈ, o Deus
Supremo.
Êle vive no
fundo da floresta e tem como companheiro, permanente, um anãozinho de uma perna
só, que fuma um cachimbo feito com a casca do caracol, enfiado num TARYOKÓ, uma
varinha de bambu, com suas folhas prediletas. Carrega um pássaro que voa por
toda parte e pousa em sua cabeça, contado-lhe tudo que viu ou se alguém se
aproxima.
Històricamente
seria filho de NÀNÁ e ÒÒSÀÀLÀ e criado por YEMONJA, sendo
irmão de criação de ÒGÚN, ÒSÓÒSÌ e ÈSÙ e irmão carnal de ÌRÓKÒ, OSÙMÀRÈ
e OBALÚWÀIYÉ, por isto é assentado ao lado de sua mãe e seus irmãos.
ÒSÓNYÌN
conversa com os espíritos sagrados que moram dentro das árvores, sendo êles e
os animais seus companheiros na floresta. Assim como ÒSÓÒSÌ, também
conhece a linguagem dos animais e dos pássaros, imitando-os com perfeição.
Êle é
representado, na África, pela cor verde.
Assim como ÈSÙ,
ÒSÓNYÌN come bichos machos e femeas.
FUNDAMENTO
Quando se faz o
YIAO leva-se na mata, passa-se mel, deita êle no chão cobrindo-o de fohas,
cantando para as folhas em seu redor. Levanta-o após 7 cantigas e êle entra nas
águas.
ÒSÓNYÌN
é assentado na mata. Passa na encruzilhada por causa de ÈSÙ. Come preá
do mato. Sua saudação:
EWÉ Ó! EWÉ ÀSÀ, quer dizer: OH! as folhas, a folha é tradição.
QUALIDADES
AGUÉ
Usa roupas e contas rosa rajado de verde. Come com OSÙMÀRÈ e OYA.
MOKOSSU
Um tipo velho, vive escondido no mato, fuma muito e bebe com abundância. Tem
caminhos com ÈSÙ.
GAYAKU
É novo, muito vivo, só vive em cima das árvores, nunca aparece nos lugares
habitados. Come com ÒSÓÒSÌ e aparece na roda do PADE.
AGBÉNIGI
É velho, grande feiticeiro, dono do pássaro sagrado e o único que chega bem
perto das YIAMIN OSORONGÁ. Dono absoluto do poder das ervas. Come
diretamente com ÈSÙ.
ARONY
Recebe uma saudação própria, diferente dos outros. Apesar de ser companheiro
de AGBÉNIGI, é mais terrível, fumando seu cachimbo faz mais bruxarias que os
outros. Só come bicho de duas pernas.
Sua saudação:
- VÓLÀ VÓLÀ EWÉ, quer dizer : Dono de uma perna que come o dono de duas
pernas.
ORÍKÌ
Agbénigi, òròmodìe abìdi sónsó
Esinsin abedo kínníkínni;
Kòògo egbòrò irín
Aképè nìgbà oràn kò sunwòn
Tíotío tín, ó gbà aso òkùnrùn ta gìègìè
Elésè kan jù elésè méjì lo.
Aro abi-okó lièliè
Ewé gbogbo kíki oògùn
Agbénigi, èsisi kosùn
Agogo nla se erpe agbára
ó gbà wòn là tán, wòn dúpé téniténi
Aròni já si kòtò di oògùn máyà
Elésè kan ti ó lé elésè méji sáré
TRADUÇÃO:
Agbénegi, que vive na árvore e que tem um rabo pontudo como um pinto
Aquele que tem o fígado transparente como o da mosca
Aquele que é tão forte quanto uma barra de ferro
Aquele que é invocado quando as coisas não estão bem.
O esbelto que quando recebe a roupa da doença se move como se fosse cair
O que tem uma só perna e é mais poderoso que os que têm duas
O fraco que possui um penis fraco
Todas as folhas têm viscosidade que se tornam remédio
Agbénigi, o deus que usa palha
O grande sino de ferro que soa poderosamente
A quem as pessoas agradecem sem reservas depois que êle humilha as doenças
Aroni que pula no poço com amuletos em seu peito
O homem de uma perna que incita os de duas pernas para correr.
SUAS ERVAS
ÒSÓNYÌN é chamado de BABA EWÉ, pai das folhas. Todas as folhas
lhe pertencem, em especial as de fixo, peregum, fumo, aroeira, alecrim do campo
e amendoeira.
Êle não gosta de ervas cultivadas ou caseiras.
OMOLÚ-OBALÚWAÌYÉ
É filho de NÀNÁ YBAIN e ÒÒSÀÀLÀ.
Irmão adotivo de ÒGÚN e ÈSÙ e irmão carnal de ÌRÓKÓ e OSÙMÀRÈ.
A varíola é a punição que êle
aplica aos maus feitores. Quando morre uma pessoa, OMOLÚ senta-se
em cima do corpo , reivindicando seus direitos. Está relacionado a terra, os
troncos das árvores e os ramos. Transporta o ÀSE preto, vermelho e
branco, seu maior segredo é com os espíritos contidos na terra, que são seus
irmãos e de quem êle é o maior símbolo. Assim como NÀNÁ, êle é o patrono dos
KAURIS. Êle usa em suas vestimentas um capuz de palha da costa, chamado AXÓ
YIKÓ, que lhe foi dado por seu irmão ÒSÓÒSÌ , para lhe cobrir as chagas
e, principalmente, seus olhos, pois contêm todo o brilho do sol e quem olhasse
perderia a visão. O AXÓ YIKÓ é um material de grande significado, pois
participa de todos os rituais ligados a morte. A presença de YIKÓ é
indispensável, em todas as situações que se maneja com o sobre natural. O YIKÓ
é a fibra da ráfia, obtida de palmas novas de YIGYOGÓRO, árvore sagrada, que
produz a palha obtida dos talos do olho da palmeira, quando nova, antes delas
abrirem-se e curvarem-se.
O fato de cobrir-se com YIKÓ e
ornar-se com búzios e cabaças, mostra que estamos na presença de um Òrìsá
ligado, diretamente, com a morte, cujas faculdades destruidoras são de difícil
contrôle.
Segundo as lendas, êle é irmão
mais velho de SÀNGÓ AJAKÁ. SÀNGÓ destronou um OMOLU
velho e assumiu seu lugar, por esta razão existe a guerra entre os dois Òrìsás.
Pessoas de OMOLÚ não pegam no SÈRE nem participam da roda
de SÀNGÓ. No OLUBAJÉ não entra AMALÁ e na comida de SÀNGÓ não
entra DEBURUS.
OMOLÚ usa missangas
pretas e brancas e OBALUWÀÍYÉ pretas, vermelhas e brancas, dependendo da
qualidade, amarelo, preto e marrom.
Sendo OMOLÚ o dono
da terra, é êle quem nos dá todo o tipo de alimentos, inclusive, a êle pertence
todos os grãos.
Os OGANS tem que ter respeito
pelos atabaques, pois OMOLÚ é o dono dos couros. Este Òrìsá
é o padrinho de todos os OGANS. Quando vamos dar comida aos atabaques, damos
comida a OMOLÚ.
A OMOLÚ pertence o
porco, cabrito, frangos, galos carijós, frangos rajados, d'angola, tatu e
cágado. Carneiro é sua grande ÈÈWÒ( KIZILA ). Pega, também, patos pretos e
brancos. Depois do ritual de rolar os bichos, tira-se a língua da d'angola, do
pato e do porco. O cágado é colocado de barriga para cima, para SÀNGÓ
não chegar. As línguas não vão ao fogo.
Sua saudação: ATÓTÓ, quer dizer: Silêncio!
QUALIDADES
SAPONAN
É o mais antigo. É proibido falar
seu nome. Na África quando se fala seu nome, coloca-se mel na boca. Come com ÈSÙ
e tem fundamento nas encruzilhadas. Tem caminhos com ÒSÓÒSÌ e é o deus
da varíola e das doenças de pele. Era êle quem dizimava nas aldeias. Suas
contas são brancas e pretas.
No dia de sua feitura tem que ser
feito sete qualidades de comidas, pôr na folha de mamona e levar com uma vela para
o campo. Êle leva dois ÌLÈKÈ ( quelê ) : um no pescoço e um na perna esquerda (
duas argolas de aço ) . No dia do recolhimento, leva-se o ÌYÀWÓ na porta do
cemitério e da-se um sacudimento. Este santo é preparado no barro vermelho.
Quando se dá comida a êle, da-se na encruzilhada, pois êle tem caminhos com ÈSÙ
CAVEIRA e MULAMBO.
AZANSSUN
É ligado ao tempo, as estações do ano e ao culto da terra.
É o verdadeiro dono do ciscuzeiro. Seu assentamento é feito no barro vermelho;
leva 9 olhos de boi, duas moletas pequenas de cedro, suas lanças são diferentes
das dos outros, são sete mas uma é maior, no meio leva uma bandeira de aço e na
outra um tridente. Veste vermelho, preto e branco, na perna esquerda leva uma
pulseira de aço.
É o mesmo AZANSSUN do GEGE,
"louvado " como POSSUM , no KÉTU e na ANGOLA, como TEMPO. Come
diretamente na terra.
Sua dança mostra claramente a sua
ligação com ÈSÙ e com a terra, dança com garras nas mãos, como se
estivesse cavando a terra ou retalhando alguma coisa.
Em seu assentamento leva uma mão
de ferro com uma bola de tabatinga, que representa o mundo, e pôe-se as garras.
Come cágado e tatu. Tem caminhos com INTOTO, ÌRÓKÒ e OYA.
INTOTO
Suas contas são vermelho e preto.
É um Òrìsá cultuado em seu assentamento e não vira na cabeça de ninguém,
pois não tem como cultua-lo. Antigamente recebia sacrifícios humanos, por
tratar-se de um Òrìsá antropófago, come a carne e destroi os ossos. Foi
esse OMOLÚ que brigou com OSOGUIAN. Caso apareça um ÌYÀWÒ
desse Òrìsá, faz-se AZUANI ou ÒSUN. Da-se comida a terra. Esse Òrìsá
é ABIKU, portanto não se raspa, pois representa o fundo da terra. Sòmente se
assenta. Come com YEWÀ, OYA e YKU. Seus assentos são cultuados ao lado
de NÀNÁ e YEMONJA. Pega-se um pouco de terra de cemitério e
pôe-se no assento. Êle presta obediência a ÒSUN, por quem se apaixonou.
Mora só e não aceita a faca,
assim como NÀNÁ. Come porco preto, frangos, pombos de cor e galinha d'angola.
Come no campo que tenha barro. Quando se faz o ÌYÀWÒ desse santo, todos os Òrìsás
viram, exceto SÀNGÓ. Leva-se os bichos e as comidas de YEMONJA, NÀNÁ e
ÒÒSÀÀLÀ, bastante epo, acarajés, feijão preto com ovos cozidos, deburus
( a mesma coisa se faz com YEWÀ ) . Tudo dêle é com dendê. Sua comida : feijão
preto com um ôvo cozido no meio, deburus ao redor ( feitos com milho de galinha
) , 9 ovos crus, 9 velas e 9 monsenhor. Pede-se a uma pessoa de ÒGÚN, OYA
ou OMOLÚ para apanhar várias folhas de mamona. Faz-se um buraco
redondo de dois palmos, acende-se as velas ao redor e canta-se as rezas se fundamentos.
Sacrifica-se o porco depois da reza, copa-se o bicho ali mesmo, pega-se as
galinhas pucha-se os ORIS e coloca-se dentro, enfeitando com as comidas e
cobrindo com as folhas de mamona. Já fora do campo, passa-se as folhas de
mamona e os ovos, jogando-os e não olhando para trás. Para os assentos só se
leva os bichos de penas. Além do campo dá-se comida lá fora, no assento dêle.
Sete dias depois é que se faz o ÌYÀWÒ com outra qualidade de OMOLÚ.
Ficam assim, dois assentos, um lá fora, de INTOTO e outro de AZUANI.
JAGUN ou AJAGUN
Em seu assentamento leva uma estatuazinha com olhos. Tem
dois ÌLÈKÈ ( quele ) , um de búzios e outro de missangas. No dia da saída
tira-se o de búzios e coloca-se no pescoço do boneco. Tem caminhos com ÒÒSÀÀLÀ.
É jovem e guerreiro. Leva na mão uma lança chamada OKÓ. É vingativo, ambicioso,
luta para alcançar posição alta sem ver de que maneira. Tem caminhos com ÒGÚN
JÁ, OSOGUIAN, AYRÁ, ÈSÚ e OSÀLÚFÓN. Êle é cultuado no dia
17 de dezembro, veste branco e preto e suas contas são rajadas. O seu
cuscuzeiro leva uma seta só, vem dentro de uma bacia com 9 pratinhos brancos de
barro. Seu verdadeiro encanto, como dos outros, é o cântaro ( moringa de uma
asa só ) . Neste cântaro pôe-se jóias e dinheiro. Êle não come feijão preto.
Come miúdos de boi no azeite doce, os outros comem com demdê. Êle é o único que
come ÌGBÍN.
TETU
É jovem e guerreiro. Come com ÉGÚN e OYA. Veste
branco, preto e vermelho. Seu caqueiro é tampado e não se abre nunca.
AZUANI
É jovem, veste preto e branco como suas contas. Tem
caminhos com ÌRÓKÓ e OSÙMÀRÈ. Come tatu na praia.
AFENAN
É velho, dança curvado. Veste, também , a estopa e carrega
duas bolças de onde tira as doenças para jogar nos incrédulos. Veste amarelo e
preto, contas iguais. Todas as plantas trepadeiras pertencem-lhe. Tem caminhos
com OSÙMÀRÈ e OYA, de quem é companheiro. Dança cavando a terra,
como INTOTO, para depositar os corpos que lhe pertence
AJUNSUN
É estrovertido. Tem fundamentos com ÒGÚN e ÒÒSÀÀLÀ.
SUAS ERVAS
-Mangerona, canela de velho, alunam, café do mato, balaio
de pombo, agapanto lilás, erva moura, beldroega vemelha, gervão roxo, sete
sangria, espinheira santa, sabugueiro, crizântemo e bomina.
LOGUN EDE
É filho
de ÒSÓÒSÌ YBUALAMO e ÒSUN YPONDÀ. Na parte masculina êle veste
azul claro e na feminina amarelo ouro. Suas ferramentas ( IBÁ ) levam sete
espadas pequenas, amarelas, sete ofas pequenos, amarelos; usa arco e flecha, um
leque e uma trombeta ( berrante ) , mas delicado. Seus bichos são o faisão,
canário da terra, coelho e periquito. LOGUN não come frangos, e sim galo e
galinha garnizé, porco da índia, tatu e bode castrado.
Tudo
dêle é dobrado. Êle só responde chorando.
É a
divindade das águas doces e do mato baixo.
Sua saudação: LÒGÚN Ó AKOFÀ,
quer dizer: Êle é LOGUN, peguemos o arco e a flecha.
QUALIDADES
EDÈ LOKO
Tem fundamento com ÈSÙ.
EDÈ YBAYN
Leva carrinhos e bola de gude,
pois êle é um recem-nascido.
APANAN
Todos comem com ÈSÙ e ÒSÓÒSÌ.
Seus fundamentos estão em sua mãe de criação, ONIRA, sem ela LOGUN não caminha.
Toda pessoa de LOGUN tem que assentar ONIRA e de ONIRA tem que assentar LOGUN.
LOGUNEDE assenta, também, YBUALAMO, YPONDA e OPARÁ.
Filho de NÀNÁ e
ÒÒSÀÀLÀ e irmão mais novo de OBALÁWÀIYÉ, ÌRÓKÒ e ÈSÙ. Seu símbolo
é o arco-iris, que liga a terra ao céu. Na parte masculina êle é BESSEN e é
representado pela cor azul; na parte feminina é YEWÀ, representada pela
cor vermelha.
Mora na fonte
onde YEWÀ reina. É bissexual, tem sua fase macho e femea. É o Òrìsá
das adivinhações, grande feiticeiro e curador. Tem dupla representação, hora
como arco-iris, hora como o homem serpente. Usa um manto azul, traz nas mãos
uma vassoura feita com folhas de palmeira sagrada e duas cobras de metal
amarelado ou branco, dependendo da qualidade.
Sua saudação: ÀRÓBÒ BO YI, quer
dizer: Vamos cultuar o intermediário que é elástico.
QUALIDADES
MACHO:
AZANAODOR, AKEMIN, BOTIBONAN, BESSERIN, DAKEMIN,
BAFUN, MAKOR e ARROLO, o mais perigoso.
FEMEA:
DANBALE, FOKEN, DARRAME, ARAKA, AVERECY,
AKOLEDURÁ, BAKILÁ e FREKEN, a mais venenosa.
SUAS ERVAS
Batata doce, coqueiro de venus.
SÀNGÓ
Deus do trovão, irmão mais novo de SÀNGÓ AJAKÀ, foi
o quarto ALAFIN de OYÒ. Viveu em 1450 antes de cristo com o nome de OLUFIRAN.
Era filho de ORANMYAN e TOROSI , YIÁ GBODO ( rainha de Nupe ). Foi o maior
conquistador e possuia o poder de provocar raios e relâmpagos. Foi marido de
sua prima OYA ( princesa de Irá-Nupe ). Enforcou-se na colina de KOSSO
em OYÒ, onde hoje existe o palácio real do ALÁÀÀFÍN. Foi deificado após sua
morte. Rreinou por 14 anos. Foi o mais poderoso e mais forte de todos os
ALÁÀÀFÍNS.
Para os africanos êle reune em sua figura mística três
importantes divindades, que são:
JACUTA
É aquêle que atira as pedras, é a encarnação dos raios e
trovões. É a própria ira de OLÓÒRUN, o Deus criador.
ORANFÉ
É o justiceiro, reto e impiedoso, que mora na cidade de
IFÈ.
TAPÀ
É muito conhecido por seu
temperamento imperioso e viril. Não perdoa os erros de seus filhos.
SÀNGÓ usa um machado de
duas lâminas, chamado OSÉ, dado por ÒGÚN e na mão o SÈRE, que é
feito de uma cabaça alongada com pequenos grãos de areia dentro, que ao ser
agitada produz um ruído semelhante ao da chuva. Os EDUN ARÀ ( pedras de raio )
são colocados numa gamela redonda, em cima do ODÒ, pilão de duas bocas, em seus
altares sagrados, Usa também uma bolça de couro, ornada com búzios, que usa a
tiracolo, guardando ali suas pedras de fogo, num total de 12, representando
seus 12 ministros, que lança na terra durante as batalhas, durante as
tempestades e contra seus inimigos nas batalhas. Usa ainda uma coroa ornada em
búzios.
O ÉGÚN de SÀNGÓ chama-se alàpalà.
SÀNGO como todos os reis e
chefes de estado, traz consigo os seus conselheiros, os homens que o ajudam a
governar e que recebem uma designa'~ao de do lado direito, OTUN OBÀ, e do lado
esquerdo, OCI OBÀ.
Os OBÀS da direita não seguram o SERE,
porém têm direito a voz e voto, os da esquerda seguram SERE e só têm
direito a voto.
Os seis OBÀS da direita são :
- OBÀ ABI ODUN
- OBÀ YIRÈ
- OBÀ AROLU
- OBÀ TELÀ
- OBÀ OTOPI
- OBÀ KANKUNFÒ
Os seis OBÀS da esquerda são :
- OBÀ ONOXOKUN
- OBÀ ARESSA
- OBÀ ELERIN
- OBÀ
ONIKOIN
- OBÀ
OLUBON
- OBÀ
XORUN
Após o desaparecimento de SÀNGÓ,
seus sacerdotes reuniram-se com a finalidade de perpertuarem a memória de seu
rei e, num culto secreto e religioso, criaram o culto dos OBÀS de SÀNGÓ.
Seu assentamento é feito na
gamela redonda.
Seus bichos são o carneiro ( não
se deve oferecer ), ajapà ( cágado ), d'angola e pombo.
Divindade da justiça, das
pedreiras e do trovão.
Sua saudação: KÁ WÒÓ, KÁ BIYÈ SÍ,
quer dizer: Podemos
olhar vossa real majestade.
QUALIDADES
AGONJÚ
Quer dizer terra firme. Tem perna de pau e é casado com YEMONJA.
É o filho mais novo de ORANNIAN e o preferido, herdou sua fortuna. É o mais
cruel é aquêle que leva o coração do inimigo na lança. É o SÀNGÓ
amaldiçoado que matou e comeu a própria mãe.
Na verdade foi o 6º Alafin de Oyo que viveu em 1.240 A .C., aproximadamente. Era
sobrinho neto de SHANGO.
BARU
Pega tempo e come com ÈSÙ.
Dependendo da época este Òrìsá ora é BARU ora é ÌRÓKÒ. Tem caminhos com OYA
YÀTOPÈ . Não come quiabo nem amalá, come amendoim cozido e padê. Na África êle
é chamado de maluco, pois durante seu reinado fez muita besteira, motivo pelo
qual os africanos não o raspam nem assentam. Não fazia prisioneiros, matava
todos.
Veste-se de marrom e branco e
suas contas são iguais a roupa. Toca-se para ÈSÙ e SÀNGÓ.
BARU era muito destemido, mas
quando comia quiabo, que êle gostava muito, dormia o tempo todo e por isto
perdeu muitas contendas, pois, quando acordava seus adversários já tinham
voltado da guerra. Êle ficava indignado. Então resolveu consultar um OLUÓ que
lhe disse : Se é assim, deixe de comer quiabo - BARU perguntou : me diz o que
comerei no lugar do quiabo... Só folhas... Só folhas ? perguntou BARU - Sim,
respondeu o OLUÓ, tem duas qualidades , uma se chama oió e a outra xaná, são
boas e gostosas como o quiabo. E BARU falou : - A partir de hoje, eu não comerei
mais quiabo.
BADÈ
É o mais jovem VODUM da família do raio ( cujo chefe é
KEVIOSSO ), corresponde ao SÀNGÓ jovem dos NAGO. É irmão de LOKO. Usa
roupa azul com faixa atada atras. Não fuma, não bebe nem fala. Um de seus
animais prediletos é o chicharro.
OBAKOSSO
Perdeu os poderes mágicos de transportar-se da terra para o
céu, enforcando-se num pé de OBI. Tem fundamentos com ÈSÙ, ÉGÚN e OYA,
devido a sua morte.
AGODO
Muito ruim, brutal, inclinado a dar ordens e ser obedecido,
foi êle quem raptou OBÁ. Come com YEMONJA
AFONJÀ
É o dono do talismã mágico dado por OYA a mando de OBÀTÁLÁ.
É aquêle que fulmina seus inimigos com o raio. Come com YEMONJA,
sua mãe.
ALAFIN
É o dono do palácio real, o governante de OYO. Vem numa
parte de ÒÒSÀÀLÀ e caminha com OSOGUIAN.
OBÀ OLUBÈ
É muito orgulhoso, intratável e muito bruto. Come com OYA.
OLO ROQUE
Seria o pai de ÒSUN OPARÀ. Tem fundamento com ÒSÓÒSÌ.
Veste vermelho e branco ou marrom e branco.
ALUFAN
É idêntico a um AYRÀ. Confundem êle com OSÀLÚFÓN.
Veste branco e suas ferramentas são prateadas.
SUAS FOLHAS
Bico de papagaio, chocalho de xango, erva de São João,
inhame acará, malva cheirosa, panaceia, para-raio, quiabeiro, tamarindeira,
urucum, xiquexique.
LENDA
SÀNGÓ recebeu das mãos de
OLODUMARÈ, o Deus supremo, um pilão de prata que representa a união da terra,
ÀIYÉ, com o céu, ÒRUN, o plano paralelo a terra onde moram os Òrìsás. Nesta
ocasião SÀNGÓ foi elevado a categoria de OBÁ OYO, rei de OYO, passando a
ser o quarto ALÁÀÁFÍN de OYO, sendo o únuco ser vivo a ter o privilégio de ir e
vir da terra para o céu para comunicar-se diretamente com ÒRÚNMÌLÀ,
recebendo desse Òrìsá ordens e instruções para este melhor orientar-se
em suas decisões na terra. Após contar a ÒRÚNMÌLÀ tudo o que se passava
naterra êle retornava feliz , pois sabia que era de plena confiança desse Òrìsá.
Como ser carnal êle foi possuído pela ambição, cometendo um pecado imperdoável
aos olhos de OLÓÒRUN que, por ser muito justo, jamais aceitou uma
traição. SÀNGÓ tentou apossar-se, definitivamente, do governo e dos
poderes da terra e de todos os poderes que existiam no espaço. OLODUMARÈ
sabendo de tudo que se passava castigou-o, tomando-lhe o pilão que lhe dava o
poder de transitar, vivo, para o céu e o poder de governar os homens da terra. SÀNGÓ
desgostoso e muito arrempendido dos atos que praticara entrou em completo
desespero, de joelhos, rogou perdão a todos os seres maiores, que lhe viraram
as costas. Triste e magoado subiu num monte existente em OYO e enforcou-se num
pé de OBI , a noz de cola , o pão de ÒÒSÀÀLÀ .
Porém SÀNGÓ não morreu,
desapareceu, ficando o seu espírito entre os dois mundos paralelos a terra. OLÓÒRUN
começou a sentir a falta de seu servo, mesmo sabendo de sua traição, pois SÀNGÓ
foi apedrejado por todos, pois nessa época era a mais terrível das faltas. OLÓÒRUN
pensou, pensou muito e tomou uma decisão, foi até OLODUMARÈ e rogou-lhe perdão
em nome de SÀNGÓ, pedindo-lhe trouxesse-lhe seu tão amado servo .
OLODUMARÈ então concedeu o perdão a SÀNGÓ, mas com uma condição, que não
mais viesse como homem, mas sim como Òrìsá e que todas as pedras que lhe
foram atiradas servissem para êle castigar os mentirosoa, os ladrões e que
fulminasse os traidores. E assim foi feito. SÀNGÓ retornou a terra como
Òrìsà e não mais como ARAYILE ( ser humano ) , representando assim, a
ira do próprio OLÓÒRUN contra os homens que se comportam mal na
terra, passando a ostentar então um pilão de duas bocas, a parte de baixo
representando a terra e a de cima o céu, continuando, assim, a exercer o seu
governo em forma de Òrìsá . É proibido o uso de OBI em seus assentamentos, pois
lembra a sua passagem de vida e de morte na terra , tornando-se o OBI uma se
suas grandes KIZILA.
AYRÀ
AYRÀ era um Òrìsà no
fundamento de SÀNGÓ, era um de seus servos de confiança.
OSÀLÚFÓN deu-lhe o título
de seu primeiro ministro, fazendo dêle seu mais fiél amigo, motivo pelo qual
AYRÀ come diferente dos SÀNGÓ; foi-lhe consedido comer em sua gamela o
arroz, a canjica e o mingau de acaçá, sendo-lhe proibido o dendê e o sal.
Por motivo de rivalidade com SÀNGÓ,
não se deve coloca-los juntos na mesma casa nem em cima de pilão. Sua gamela é
oval e seus ornamentos prateados.
Seu assentamento é na gamela oval
e não leva pilão. A fogueira lhe pertence e é acesa pelo lado esquerdo. Dentro
da fogueira coloca-se :
- Um tacho de cobre com 12
quiabos;
- Uma pedra, representando o ODUN
ARÀ;
- Frutas.
QUALIDADES
ANTILE
Veste branco e é ligado a YEMONJA SOBÀ e ÒSUN
KARÉ. Foi êle quem carregou OSÀLÚFÓN nos ombros e tentou
coloca-lo contra SÀNGÓ , dizendo que êle teria passado os sete anos na
prisão por culpa de seu filho, SÀNGÓ. Por isto existe uma KIZILA entre
AYRÀ e SÀNGÓ , não podendo AYRÀ ser posto em cima do pilão , pois
provoca a ira de OSÀLÚFÓN. Come com ÈSÙ.
OSUIBURU
Veste o preto e caminha nas trevas com ÈSÙ e ÉGÚN,
não se raspa.
AYRÀ AYRÀ
Come com ÒÒSÀÀLÀ e veste branco. Caminha junto com
ÒGÚN JÀ, se não assenta-lo AYRÀ não caminha e a pessoa para no tempo.
AYRÀ OCÌ
Idêntico ao AYRÀ AYRÀ, só que é calmo.
AYRÀ IBONA
É o pai do fogo. Veste branco.
AYRÀ OMONIGI
É um AYRÀ muito quente e filho do fogo. Se provocado solta
fogo pela boca. Come com ÒSUN.
ALAMODÉ
É um AYRÀ menino. Come com YEMONJA e OSOGUIAN.
ÒGÚN JÀ fica a seus pés.
AJOSSIN
É o dono do camelo. Não tem medo da morte como SÀNGÓ
de dendê. Veste branco.
EPOMIN
Foi êle quem brigou e destronou OMOLÚ.
ADJAOSSI
O verdadeiro esposo de OBÁ. Brigou com ÒGÚN JÀ.
Veste branco. ÒGÚN JÀ fica em outro quarto.
YIGBOMIN ou BOMIN
É bom, conselheiro, dono da verdade, reina nas águas junto
com ÒSUN. Não faz nada sem perguntar a ÒÒSÀÀLÀ.
ETINJÀ
Depende de ÒGÚN JÀ para caminhar, é guerreiro e cruel, não
recusa uma batalha. Veste branco.
YBONA
É o AYRÀ da quentura.
DUNDUN
Identico ao OXUIBURU.
SUAS FOLHAS
As mesmas de SÀNGÓ.
IRÓKÒ
Êle reside na
gameleira branca. É assentado no seu pé, após preparo ritual da raiz, e o
tronco é enfeitado com um ÒJÁ FUNFUN ( OJÁ BRANCO )branco. A relação com esta
árvore é comum a várias divindades e exprime sua relação com seus antepassados.
Como ÈSÚ , ÌRÓKÒ carrega para longe os fluídos maléficos. Quando
manifesta-se os fiéis jogam sôbre êle os fluídos que querem se livrar e êle
corre para fora do barracão para atirar no mato todo o mau. As vezes bebe tanto
que cai no chão. Cobre-se então com um ALÀ branco e , pouco depois, já
recuperado êle ergue-se e volta a dançar. Dança de joelhos no chão e o BRAVUN,
ritmo GEGE, como OSÙMÀRÈ. Veste cores fortes, vermelho, azul e verde, às
vezes cinza ou marrom e branco e leva uma lança na mão. Suas contas são verde
musgo e riscadas de marrom. As vezes veste-se de palha como OMOLÚ.
Sua incorporação é pouco vista , seus filhos giram tontos, cambaleando pelo
barracão antes de caírem fulminados, logo levantam-se e pôem-se a dançar.
Seu assentamento
é feito numa gamela oval, pega-se um pedaço do tronco da gameleira branca e
faz-se uma pequena estátua de um negro africano com um IDÈ branco no nariz, na
cabeça um colar de búzios e moedas. Na gamela pôe-se uma corrente em volta ,
6moedas e no meio da gamela uma seta e a estátua.
QUALIDADES
GIROKOSSI
LOKOSSI
SUAS FOLHAS
Milame, colonia, saião, iriri, mãe boa, barba de
velho, esrva prata, crista de galo, nóz moscada, abilzeiro, jaqueira e
cajueiro. Quando se faz o Òrìsá, pôe-se uma folha de saco-saco embaixo
do pé do IYAÓ uma folha de saco-saco e na boca uma folha de assa-peixe.
SEUS BICHOS
- Um cabrito de chifre virado;
- Quatro frangos de esporão grande;
- Um galo d'angola;
- Um pombo branco.
Após matar os bichos, tira-se a língua de todos
êles e as esporas do galo.
IBEJI
É o Òrìsá criança. Divindade
da alegria, das brincadeiras e ligado a infância. Está sempre presente em todos
os rituais e tem que ser bem cuidado para não atrapalhar os trabalhos com suas
brincadeiras
OYA
Princesa real da cidade de Irá, em Nupe. Viveu por volta de 1.450
antes de cristo.
OYA é a dona dos raios, dos ventos e dos mortos,
controla o YGBALÈ ( casa dos mortos ). Esposa de seu primo, SÀNGÓ, foi a
maior guerreira que existiu na África, sua fúria era incontrolável, não temendo
nem a morte. ligada as florestas que ela domina com seu ORUKERÉ, que lhe foi
presenteado por ÒSÓÒSÌ. É associada aos ancestrais masculinos que ela
dirige e maneja. Esta relacionada ao vermelho e é representada pelo relâmpago.
OYA teve nove filhos, uns dizem que foi com ÒGÚN,
outros que foi com SÀNGÓ , oito nasceram mudos e o último nasceu um ÉGÚN
e graças aos sacrifícios recomendados por IFÀ, nasceu com o poder de falar com
voz estranha e sobrenatural, chamada SEGI , que imita a voz do macaco africano
chamado IJIMARÈ, macaco que é consagrado aos ÉRÉS.
1 - IMALEGÃ - Nasceu no primeiro dia do EBOYKÙ, arrancado
do ventre de OYA pelas ÌYÁMI, e foi envolvido em abanos;
2 - IORUGÃ - Foi envolvido na palha seca e alimentado com
talos de bananeira. Nasceu com avaidade de OYA e é o preferido;
3 - AKUGÃ - Nasceu no terceiro dia da tempestade e foi
criado nas touceiras de bambu. É rebelde. Não se deve tocar o chão do bambuzal;
4 - URUGÃ - Alimenta-se das folhas da bananeira e
esconde-se nas florestas. Faz buracos;
5 - OMORUGÃ - Alimenta-se do pó do bambu que está caído no
chão. Vive no milharal e fica escondido nos bambuzais observando os seres
humanos;
6 - DEMÓ - OYA cobriu-o de lama para saber os
segredos de seus inimigos. Usa pele de búfalo para acompanhar ÒSÓÒSÌ;
7 - REIGÁ - Acompanha os mortos e ronda os cemitérios.
Esconde-se nas grandes árvores dos cemitérios e ronda as sepulturas a procura
de objetos perdidos ou esquecidos pelas pessoas;
8 - HEIGÁ - É violento e vive perseguindo o ORI do ser
humano. Propicia desastres e desordens;
9 - EGUN EGUN - Filho de SÀNGÓ. OYA
preparou-o para combater. Êle se apossa do ser humano, fazendo-o cometer
desatinos.
Carrega um par de chifres que deu a seus filhos,
dizendo-lhes que se precisassem dela batesse um no outro que ela viria de onde
estivesse para acudi-los, também um instrumento de madeira com o rabo do búfalo
que serve para afastar os ÉGÚNS , é o ORUKERÉ.
Recebeu de SÀNGÓ o título de YÀSÁN , que quer dizer
, "a senhora das tardes ", pois chegava sempre as tardes , linda e
esvoasante com sua roupa de fogo.
SUAS QUALIDADES
OYA YGBALÈ
É a deusa dos mortos. É ligada
diretamente ao culto de ÉGÚN, por isto é a senhora dos cemitérios. Tem pleno
domínio sôbre os mortos, trazendo consigo uma falange de ÉGÚNS que ela controla
e administra , pois todos temem o seu terrível poder.
O culto a ÉGÚN nasceu nas mãos de
YBBALÈ, quando ela fora buscar uma substância que permitia a SÀNGÓ
soltar fogo pelas narinas. OYA ficou sabendo que o povo TAPÀ iria
invadir a cidade dos BARIBAS , então forrou na beira do rio um pedaço de PAMP
vermelho, colocando em cima algumas cabaças, envocou os mortos e aquêle pano
tomou vida e saiu voando na direção dos inimigos, colocando-os para correr
apavorados com aquela visão grotesca e horrorosa , livrando, assim, o povo de
BARIBAS e nascendo o culto de ÉGÚN. Devido a sua relação com ÉGÚN é proibido
vesti-la de vermelho. Sua vestimenta é branca.
FURÉ
Usa uma foice na mão esquerda e um ARUEXYN na direita,
veste branco e por cima de suas vestes a palha da costa. Dança como se
estivesse carregando na cabeça uma enorme cabaça. Em suas vestes vão pequenas
cabaças dependuradas, no tornozelo direito uma pulseira de aço, tem ligação
direta com o culto a morte e aos ÉGÚNS, preside a vida e a morte.
ODO
Ligada as águas , apaixonada carnal e muito louca por amor.
IAMESAN
É a que foi esposa de ÒSÓÒSÌ, meio animal e meio
mulher, só come caça, é a mãe dos nove filhos. Come comÒSÓÒSÌ nas matas.
ONIRA
É uma ninfa das águas doces e seu culto aqui no Brasil é
confundido com o culto de OYA, por ser uma grande guerreira, também é
saudada como YNHÀSAN , pois existe uma afinidade entre as duas divindades, mas
seus cultos não chegaram a fundirem-se. Seu culto na África era totalmente
diferente. Tem ligação com o culto a ÉGÚN, por sua ligação e laços de amizade
com OYA. Também tem laços de amizade com ÒSUN , pois foi ONIRA
quem ensinou ÒSUN OPARÀ a guerrear. É uma Òrìsà muito perigosa
por sua ligação e caminhos com OSOGUIÁN, ÒGÚN e OBALÚWÀIYÉ. Veste o
coral e amarelo, contas iguais.
YÀTOPÈ
Tem ligação forte com SÀNGÓ. Veste o branco.
AFEFE YKU FUNAN
A senhora do fogo e dos ventos da morte. Caminha com ÒGÚN e
OBALÚÀIYÉ , tem caminhos , também , com ÉGÚN e YKU ( morte ) . Veste o branco e
pode-se por um azul claro.
AFAKAREBÒ
Não é feita em seus eleitos , é a verdadeira dona do EBÓ, é
a ela que se entrega todos os EBÓS. Seus caminhos levam diretamente a ÈSÙ
e ÉGÚN. Seus rituais são todos feitos no murim , cabaças e porrões.
AFEFE
É ela quem comanda os ventos. Tem caminhos com OBALÚWÀIYÉ e
ÉGÚN .Veste vermelho e branco , também usa o coral , o chorão de seu ADÉ é
alaranjado .
BAGAN
Não tem cabeça. Come com ÈSÙ , ÒGÚN e ÒSÓÒSÌ
. Tem caminhos com ÉGÚN.
PETU
Ligada aos ventos e as árvores. Esposa de SÀNGÓ ,
que vai sempre na frente anunciando sua chegada.
OGUNNITA
Ligada ao culto de ÉGÚN , seu fundamento mais forte. É a
senhora que caminha com os mortos .
SUAS FOLHAS
Malva rosa, Santa Bárbara, lacre, pitanga, guiné,
nega-mina, para-raio.
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